De olho na saúde: obesidade foi tema de palestra na Sanasa
Em comemoração ao Dia Mundial da Saúde, em 7 de abril, na manhã desta sexta-feira (8), a Sanasa, em parceria com a Unimed Campinas, deu início ao ciclo de palestras sobre diferentes temas relacionados à saúde. Neste primeiro encontro, o médico ginecologista e nutrólogo José Emílio Duran Bueno foi o convidado para falar sobre a obesidade. “A escolha do tema se deve ao fato de a obesidade ser considerada hoje um dos maiores problemas de saúde pública do mundo”, explicou o gerente de Recursos Humanos, Carlos Barboza.
O médico explicou que a obesidade, quando o índice de massa corporal (IMC) é maior do que 30, é considerada uma doença crônica, assim como o diabetes e a hipertensão, por exemplo, e aumentou significativamente nesta última década. “Foi um aumento de 23% nos últimos nove anos. No Brasil, atualmente, quase 18% da população é considerada obesa”, quantificou Bueno. Mas o que provocou este aumento? Segundo ele, mudanças comportamentais que levam ao sedentarismo associadas a hábitos alimentares incorretos podem ter contribuído.
Mas, como a obesidade é uma doença multifatorial, as suas causas não são apenas comportamentais (sedentarismo e alimentação incorreta). As naturezas fisiológica (puberdade, gestação e menopausa); psicopatológica (depressão, ansiedade e transtorno alimentar); neuroendócrina e genética também podem desencadear a doença.
A obesidade ainda pode trazer complicações sérias, como hipertensão intracraniana, catarata, menstruação irregular, dificuldade para engravidar, além de doenças pulmonares, hepáticas, coronarianas e alguns tipos de câncer. “O aumento de 20% no peso de uma pessoa obesa eleva em seis vezes as chances para desenvolver o câncer de mama, intestino, próstata, esôfago e pâncreas, por exemplo”, explicou o médico.
Em relação ao tratamento, apenas o remédio não é suficiente. É necessário haver mudança de estilo de vida, com reeducação alimentar e atividades físicas, e, em alguns casos, psicoterapia, medicação e cirurgia. Trinta minutos de caminhada diariamente, segundo o médico, já fazem a diferença para perder peso.
Hoje em dia, a incidência da doença tem sido mais precoce. A obesidade infantil está aumentando e crianças com circunferência abdominal com mais de 71 centímetros já são consideradas obesas. “Crianças com obesidade na puberdade têm de 20 a 50% de chances de serem obesas na vida adulta; e aquelas que são obesas após a puberdade têm de 50 a 70% de chances de estarem acima do peso para o resto da vida”, explicou o médico. Uma alimentação adequada, aliada a atividades físicas, é importante desde a infância.
Próximos temas e datas das palestras
– Hipertensão – 17/05/2016
– Tabagismo – 31/05/2016
– Dependência Química – 24/06/2016
P-A – 12/04/2016