Campinas é campeã no ranking nacional do saneamento
Campinas lidera o ranking nacional de saneamento 2025, segundo o novo estudo do Instituto Trata Brasil divulgado nesta terça-feira, 15. A cidade, mais uma vez, recebeu nota 10 em todos os quesitos avaliados pela instituição: “atendimento total de água”, “atendimento de coleta de esgoto”, “índice de tratamento total de esgoto”, “índice de perdas na distribuição” e “investimento médio per capita”.
“A melhor e mais premiada empresa municipal de saneamento do Brasil colocou Campinas em primeiro lugar, o que atesta que estamos trilhando o caminho certo. A prova disso é que universalizamos o abastecimento de água e a coleta, afastamento e tratamento de esgoto 10 anos antes do que prevê a legislação”, comemora o presidente da Sanasa, Manuelito Magalhães Júnior.
O Novo Marco Legal do Saneamento estabelece o ano de 2033 para atingir as metas de universalização: os municípios precisam atender 99% da população com acesso à água tratada e 90% com coleta e tratamento de esgoto.
Para o prefeito Dário Saadi, a liderança de Campinas comprova que os resultados obtidos são consistentes. “Investimentos para ampliar o número de reservatórios, trocar redes antigas, ampliar a infraestrutura de esgoto e aumentar a resiliência da cidade no enfrentamento das mudanças climáticas foram a chave para a empresa saltar da 24ª colocação para o primeiro lugar do país”.
Desde 2021, a Sanasa investiu quase R$ 1,1 bilhão para a execução do Plano Campinas 2030, um recorde em 51 anos de história da empresa. O plano entregou 20 novos reservatórios de água potável, elevando para 196 milhões de litros de água armazenada para atender a população por 20 horas em caso de incidentes que comprometam a água do Rio Atibaia, que abastece Campinas, ou em situação de falta de energia que impeça a captação. Esses reservatórios reforçam o abastecimento de mais de 350 bairros, beneficiando mais de 750 mil moradores.
O Plano Campinas 2030 também executou a troca de 473 km de redes de água antigas por novas, fabricadas em polietileno de alta densidade (PeAD), material mais resistente. Essa ação favorece a redução do índice de perdas de água na distribuição que atualmente é de 18,02%, um dos mais baixos do Brasil. Além disso, a redução nas perdas reflete em menor retirada de água dos rios, promovendo a vitalidade das bacias. Entre 2021 e 2024, Campinas deixou de retirar 3 bilhões de litros de água dos rios que abastecem sua população. Esse volume é suficiente para atender uma cidade com 50 mil habitantes. A meta de troca de redes do quadriênio 2021-2024 foi ousada: foram substituídos mais quilômetros nesse período que nos 27 anos anteriores do Programa de Redução de Perdas, quando se trocou 450 km.
Foram construídos seis quilômetros de adutora de água bruta para levar água para ser tratada nas Estações de Tratamento 3 e 4; 40 km de novas subadutoras para reforçar o abastecimento da cidade e melhorar a distribuição de água por meio de um macro anel; mais de 240 km de novas redes de água foram construídas em Campinas, alcançando mais pessoas com água tratada de qualidade; e mais de 190 km de novas redes de esgoto para levar saúde e dignidade à população. “Nós trabalhamos para atender e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Essa é uma premissa do prefeito e nós empregamos todos os nossos esforços nesse sentido”, explica Manuelito.
Em núcleos residenciais, foram realizadas mais de 100 intervenções, o que beneficiou 33.344 pessoas com a individualização de água e outras 50 mil passaram a ser atendidas com ligações coletivas. Comparado aos quatro anos anteriores (2017/2020), o número de individualizações cresceu 154%.
A atuação nos núcleos residenciais atende ao princípio da “água como elemento fundamental à vida”, definido pela Organização das Nações Unidas. Da mesma forma, o esgoto gerado em núcleos que aguardam processos de regularização fundiária precisa ser recolhido e levado às estações de tratamento.
Ranking do saneamento – O Instituto Trata Brasil monitora, desde 2009, os índices de água e esgoto dos maiores municípios brasileiros com base nos dados do, atualmente, SINISA (Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico), do Ministério das Cidades. Nesta edição, as informações são referentes aos números de 2023.
O Instituto Trata Brasil é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), formada por empresas com interesse nos avanços do saneamento básico e na proteção dos recursos hídricos do país. Desde 2007, atua para manter a sociedade informada sobre os assuntos do setor, para que o cidadão tenha conhecimento e reivindique a universalização dos serviços de saneamento.