Sistema de Abastecimento de Água de Campinas

Compromisso com a Qualidade e a Saúde Pública

Breve Histórico

O primeiro sistema público de abastecimento de água em Campinas foi implantado em 1875, utilizando tubulações de ferro fundido para transportar a água das nascentes até os chafarizes da cidade. Em 1891, iniciaram-se as primeiras ligações de água residenciais. A partir de 1935, o sistema foi ampliado para atender a totalidade da população. Naquela época, não havia necessidade de controle da qualidade da água, dada a excelente condição natural dos mananciais utilizados.

Estrutura Atual do Abastecimento

Atualmente, a captação de água em Campinas é realizada no Rio Atibaia, na margem esquerda do rio, no Distrito de Sousas. Para atender às demandas da população, o sistema é composto por quatro Estações de Tratamento de Água (ETAs), integradas por meio de um macrossistema de abastecimento.

Capacidade operacional das Estações de Tratamento de Água existentes

Esse macrossistema é formado por subadutoras, reservatórios e redes de distribuição. Ao final de 2024, esse sistema somava 4.931,41 km de redes, divididas em 29 setores de abastecimento, com 96 reservatórios, garantindo cobertura a 99,95% da população urbana do município.

Macrossistema de Abastecimento

Qualidade da Água Distribuída

A qualidade da água é monitorada com base em rigorosos padrões legais, conforme estabelecido pela Portaria de Consolidação nº 5/2017, Anexo XX (Portaria GM/MS nº 888/2021) e pelo Plano de Segurança da Água (PSA) da Sanasa.

A água distribuída contém teor de cloro residual combinado (cloraminas), garantindo proteção contra contaminações microbiológicas e maior estabilidade na rede. Os teores seguem rigorosamente os limites estabelecidos na legislação vigente.

Além disso, é adicionado fluoreto à água, conforme exigido pelas normas federais e estaduais, visando à redução da incidência de cáries dentárias na população.

Confira aqui a qualidade da água de seu Bairro

Confira aqui o relatório anual de qualidade da água de Campinas

Melhoria Contínua da Qualidade

Desde 1993, a Sanasa desenvolve programas de monitoramento dos rios Atibaia e Capivari. Em 1997, foram iniciadas análises em pontos críticos, baseadas em um mapeamento detalhado das redes de distribuição, associado ao Programa de Controle de Perdas Físicas de Água.

Esses estudos apontaram a necessidade de substituição de redes antigas, em ferro galvanizado, cimento amianto e ferro fundido, que apresentavam maior frequência de reparos. As ações de substituição e reforço nessas redes contribuíram significativamente para a melhoria da qualidade da água, com foco na saúde pública e na eficiência operacional.

Setorização para Atendimento Hospitalar

Reconhecendo a importância dos hospitais na assistência à saúde, a Sanasa implementou a individualização de abastecimento dos principais hospitais para garantir a continuidade do fornecimento a essas unidades, mesmo durante intervenções técnicas.

Essa segmentação permite que cada setor seja abastecido de forma independente, minimizando o impacto de manutenções programadas ou emergenciais e assegurando a prestação de um serviço essencial à população.

Metodologia de Monitoramento da Qualidade

O monitoramento da água distribuída é realizado em 240 pontos fixos, com rotinas diárias de amostragem, definidos por critérios técnicos de localização, vulnerabilidade e representatividade da rede. São contempladas áreas estratégicas como escolas, creches, postos de saúde e reservatórios. Os hospitais da cidade recebem atenção especial, com coletas quinzenais específicas.

Esse monitoramento gera um banco de dados robusto, com séries históricas que subsidiam a tomada de decisões estratégicas e ações corretivas e preventivas, tais como:

• Reforço em alimentadores;

• Instalação de redutores de pressão;

• Manutenção e substituição de válvulas;

• Reparo de vazamentos;

• Substituição de trechos críticos da rede.

Georreferenciamento e Mapeamento

Para o mapeamento dos pontos de monitoramento, a Sanasa utiliza o software QGIS, contendo topologia da rede (material, diâmetro, registros, entre outros) e os limites dos setores de abastecimento.

Essas informações são processadas e georreferenciadas (SIRGAS 2000, UTM 23S), integradas ao Sistema SANEGEO. A partir dessa base, os dados de qualidade são inseridos em mapas temáticos e avaliados por meio de planilhas e gráficos.

As atualizações são mensais, permitindo análise contínua e definição de ações técnicas voltadas à melhoria da qualidade da água.

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Confira aqui o relatório anual de qualidade da água de Campinas